por Celso Corrêa
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06/11/2007 - 12h43
O ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol (FPF), Onaireves Moura, foi preso na manhã desta segunda-feira, em Curitiba, numa operação do Núcleo de Repressão contra Crimes Econômicos (Nurce), ligado à Polícia Civil do Estado.
O ex-presidente da Federação Paranaense de Futebol tem fortes ligações com o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira.
Por inúmeras vezes, houve troca de gentilezas entre os dois dirigentes.
O estado do Paraná foi sede de vários jogos de eliminatórias de Copa do Mundo desde que Onaireves Moura assumiu a FPF, em 1985.
Em outra ocasião, Moura homenageou Ricardo Teixeira colocando o nome do dirigente no CT do estádio Pinheirão, inaugurado em 2003.
Teixeira retribuiu a homenagem e fez os jogadores da seleção colocarem os pés na "Calçada da Fama" do estádio, idealizada pela Federação Paranaense.
Em 99, a seleção que venceu a Copa América do Paraguai ficou hospedada no Paraná, antes do torneio.
No ano seguinte, Londrina e Cascavel sediaram o Pré-Olímpico sul-americano.
Para terminar, Curitiba foi a primeira cidade a receber o troféu da Copa do Mundo, logo depois dos últimos dois títulos mundiais.
Depois do pentacampeonato, por exemplo, a taça passou por vários estados do Brasil, mas o primeiro foi o Paraná, em visita ao Pinheirão, estádio da FPF, de Onaireves Moura.
FORTES LAÇOS COM TEIXEIRA O ex-dirigente é acusado de chefiar um suposto esquema para desviar dinheiro da FPF, quando ainda dirigia a entidade.
Com ele, foram presas outras oito pessoas.De acordo com o secretário de Segurança do Paraná, Luiz Fernando Delazzari, Moura é acusado de fraude processual, formação de quadrilha, desvio e lavagem de dinheiro.
"O esquema foi montado para desviar dinheiro da Federação", declarou o secretário.
Segundo ele, a operação de desvio era feita por meio de duas empresas, criadas para esta finalidade.
Uma delas era a Comfiar, presidida pelo ex-diretor financeiro da federação, Cirus Itiberê da Cunha. Num primeiro momento já teria sido apurado o desvio de cerca de R$ 5 milhões.
"Era um grande esquema", declarou Delazzari.
Além do ex-presidente da FPF, a polícia divulgou os nomes de outras pessoas presas:
Cirus Itiberê da Cunha (diretor financeiro do FPF e presidente da Comfiar), Carlos Roberto de Oliveira (presidente do conselho fiscal da FPF), Marco Aurélio Rodrigues (auxiliar do departamento financeiro da FPF e fiscal eletivo da Comfiar), Laércio Polanski (contador e tesoureiro da FPF e fiscal da Comfiar), José Johelson Pissaia (diretor administrativo da FPF), César Alberto Teixeira de Oliveira (ex-fiscal suplente da Comfiar), Vanderlei Manoel Inácio (teria em seu nome o Colégio Técnico de Futebol Pinheirão) e Roberto Tinoni, (arrendatário do estacionamento do Pinheirão).
Onaireves Moura foi afastado do cargo de presidente da FPF em junho e posteriormente suspenso das funções administrativas por seis anos, em julgamento no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Ele foi acusado pela adulteração de borderôs da entidade.
Segundo a acusação, parte dos 5% das rendas provenientes de jogos era desviada para a empresa chamada Comfiar.
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